domingo, 4 de julho de 2010

O Marketing Político nas Campanhas Eleitorais

As eleições de 2010 prometem ser de estratégias e disputas acirradas, a campanha analógica abrindo espaço à campanha digital e muitas, muitas novidades, entre elas: o Orkut, o Twitter o Facebook e tantos outros sites de relacionamento que compoem as redes sociais que estão a cada dia ganhando mais espaço na política, principalmente após as eleições Americanas. Pude observar isso durante a minha participação no 9º Congresso Brasileiro de Estratégias Eleitorais e Marketing Político, realizado na cidade de Fortaleza, no Estado do Ceará nos dias 23 e 24 de abril do ano corrente.
No Congresso pude conversar com alguns dos maiores nomes do Marketing Político no País, entre eles: Carlos Manhanelli, Publicitário, Jornalista, Radialista, Administrador de Empresas com especialização em Propaganda e Marketing pela ESPM, MBA em Marketing pela USP, pós-graduado em Ciência Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e Mestre em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo, uma verdadeira enciclopédia ambulante.
É impossível pensar em eleições, nos dias de hoje, sem pensar numa estrutura de marketing atuando em todos os segmentos do eleitorado.
Propaganda eleitoral deixou de ser apenas o ato de imprimir alguns milhares de folhetos coloridos e pichar os muros da cidade com o nome do candidato.
As campanhas eleitorais deixaram de ser intuitivas e se tornaram racionais, os palpites gratuitos cederam lugar à pesquisa; os temas principais, com determinadas palavras-de-ordem, aparentemente corretas mas aleatórias, agora têm origem em slogans com conceito e estratégia. Enfim: a propaganda política deixou para trás o amadorismo para se tornar profissional.
Comparando com campanhas de produtos e serviços: de um lado está o produto/serviço; do outro, o mercado consumidor. Na campanha eleitoral, de um lado o candidato e do outro os eleitores.
Como o público alvo do marketing político é o mercado eleitor, os profissionais de marketing direcionam as suas estratégias para satisfazer este segmento de maneira lucrativa. Em uma campanha eleitoral, depois de uma pesquisa detalhada dos eleitores, o composto mercadológico é direcionado aos resultados dessa pesquisa.
Embora dezenas de variáveis estejam envolvidas, a tomada de decisões em marketing pode ser dividida em quatro estratégias básicas, conhecidas como “quatro P’s”: Produto, Preço, Praça e Promoção. Seu conjunto forma o composto de marketing - mistura dos quatro elementos de estratégia para atender às necessidades e preferências de um mercado específico.
Enquanto esta classificação em quatro itens é útil para um estudo e análise, a combinação das variáveis determina o grau de sucesso do marketing. O marketing político, embora possua as suas particularidades, também pode ser enfocado neste composto mercadológico tradicional.
Estratégia de produto: no marketing político, o produto é o candidato que precisa vender sua imagem ao eleitor, buscando através das pesquisas de mercado, moldar seu perfil ao escolhido por seu público-alvo.
Estratégia de distribuição: no marketing político, a distribuição é feita através dos meios de comunicação como revistas, jornais, folhetos, televisão, Internet, entre outros; e também através de cabos eleitorais, para que a imagem do candidato e suas propostas cheguem em tempo hábil ao mercado, ou seja, os eleitores. Estratégia de promoção: no marketing político, a promoção varia de ações sociais executadas pelo candidato como remédios, transportes, alimentos, entre outras ajudas que possam incentivar o eleitor a escolher determinado candidato ou partido.
Estratégia de preço: no marketing político, o preço é o voto que o eleitor vai depositar nas urnas no dia da eleição. Um dos inúmeros fatores que influenciam a estratégia de preço criada pelo profissional de marketing é a competitividade e dentro do contexto político, o candidato precisa buscar as melhores propostas para agradar o eleitor e vencer a concorrência.
Através da utilização do composto mercadológico pelos partidos e candidatos, as eleições têm uma grande mudança de perfil, onde o planejamento e execução são estudados e adaptados à realidade proposta pelo público, ou seja, o eleitorado.



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